quarta-feira, 25 de julho de 2012

Crescer



Revi alguns amigos da família esses dias. E eu realmente não tinha assunto com eles. E mesmo que o assunto fosse algo que eu soubesse conversar, algo me refreava.
Me pareceu... o peso de ser a prima mais nova.

Quando eu era pequena, eu via aquelas pessoas grandes e me encantava com qualquer besteira que falavam. Hoje tenho 20 e eles entre 25 e 30 anos.
E ouvindo eles conversarem de assuntos comuns aos meus amigos, eu não conseguia mostrar meus conhecimentos, pois o "aproach" era diferente. Eu enxerguei pessoas grandes falando de um assunto que não me interessava. Mas me interessava sim. E eu ficava ali olhando.

Acho que eles também me viram só como "ah, é aquela garotinha que ficava assistindo a gente conversar".

Refleti um pouco e me toquei que uma parte do "crescer" é aprender a mudar seu olhar das coisas que você via quando criança. É isso que significa o teste dos 15 anos*.
Significa que não só eu tenho que mudar o modo como vejo essas "pessoas grandes", mas essas pessoas também tem que perceber que já não sou quem eu fui. Não sou uma garotinha de 5 anos querendo ver Cavaleiros do Zodíaco. Sou uma mulher de 20 anos que, mesmo gostando de Cavaleiros, sabe dizer que é extremamente feio e com um roteiro fraco.

Essa diferença é bastante crucial se eu quiser deixar de ser a garotinha. Mas crescer sozinha não é possível.

Crescer junto é.
Mas... quem gostaria de crescer comigo?


(*Esse teste consiste em assistir ou ler algo que você gostava quando pequeno e ver se é bom ou não depois que você cresceu.)

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